A praia
fluvial de Loriga é uma das concorrentes às “7 Maravilhas – Praias de Portugal”
e fica situada junto da vila de Loriga, na encosta sudoeste da serra da
Estrela, num vale rochoso e escavado pela ribeira de Loriga, cujos principais
afluentes é a ribeira da Nave e a ribeira de S. Bento. Esta fica situada a 770m
de altura e as águas são límpidas e com poucos nutrientes para a vida animal,
num entanto, puras.
A Palavra
Loriga deriva da palavra em latim, Lorica,
que quer dizer Couraça, atribuída pelos Romanos pela dificuldade em aceder a
esta localidade e em a submeter ao jugo de Roma.
A Paria de
Loriga tem atribuído a Bandeira Azul e a Bandeira “Qualidade de Ouro” por
indicação da Quercus.
A localização
é junto à EN231, e no verão é frequentada por locais, emigrantes e veraneantes,
oriundos de outras localizações. Eu, pessoalmente, desloquei-me da Vila de
Unhais da Serra, vila irmã de Loriga, como dizem os locais, para usufruir da
beleza natural da região.
Durante o
período da manhã, existe uma calma natural, não é frequentada por muita gente e
é extremamente aprazível e fresca, sendo que no aproximar do meio-dia, e em
especial com o chegar da tarde, a afluência de visitantes aumenta.
Por ser local
de passagem, muita gente para na sua viagem, fazendo uma pausa e refresca com
uma bebida ou comendo uma tapa, no café de apoio à praia fluvial, usufruído da
paisagem e das sombras refrescantes.
É também um
excelente local para os amantes da natureza, da fauna e flora, pois para além
das espécies endémicas da Serra da Estrela, também se pode ver outros tipos de
animais e plantas.
Por ali
passam rebanhos de Cabras e com um pouco de sorte poderemos ver uma das nossas espécies
de animais domésticos autóctones, como é a Cabra Serrana e que esta em vias de
desaparecer.
Nas primeiras
horas da manha, no ar pairam aguias e grifos, e durante a tarde estendidos ao
sol, os esquivos lagartos conhecidos pelo nome de sardão. Nos últimos anos, o
Parque Nacional da Serra de Estrela, tem feito um esforço para reintroduzir algumas
espécies que tinham desaparecido do território, como Lobos, mais a norte e
Esquilos que já podem ser vistos com alguma frequência a pular de ramo em ramo,
ou como foi o caso de acompanhar o nosso carro, não por prazer, mas para fugir,
e que nos acompanhou por uns longos 20 ou 30 metros pela beira da estrada até
encontrar uma árvore para se refugiar. Flora também é abundante e para visitantes
de passagem, não passaram de ervas e flores, mas na região existem verdadeiras
preciosidades e que se não tiverem um plano de preservação, podem desaparecer
do mapa do País.
Existe assim
um enorme potencial, em Loriga, que a nível de Turismo de verão, com uma
primeira âncora na sua praia fluvial, quer a nível de Turismo Ecológico, e este
sim muito mais vantajoso para a Vila no longo prazo, com a possibilidade de
aproveitar a paisagem natural e os conhecimentos e folclores locais sobre a sua
envolvência natural.
Uma pequena
nota, apenas para pedir que devemos respeitar as pessoas, da mesma foram,
devemos respeitar a natureza.
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