segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Onde estão as Andorinhas?


25 de Agosto, 9h30 da manhã. O céu está meio nublado e a temperatura na minha localização geográfica é de 20 graus, o que até seria agradável não fosse correr uma brisa com pouco menos de 10km/h, está uma humidade relativa de 93%, parece Setembro!
Estava a olha para o céu a ver as nuvens a passar, a ouvir os pardais e algumas rolas, que por aqui ainda existem em boa quantidade e senti falta de qualquer coisa. Mas o quê?
As Andorinhas! Nem uma!
Aqui não se vê nenhuma. Os bandos que no final do verão, e ainda falta algum tempo para o final do verão, costumam fazer um autentico concerto matinal, chilreando em quanto desenvolvem um bailado nos céus, digno de qualquer companhia Russa, nas nossas cidades e vilas, depois de passarem alguns minutos pousadas nos fios as dezenas apanhando os primeiros raios de sol e a aquecer as penas, não estão cá.
Não entendo!
Neste momento gostava de ter o poder da omnipresença para poder estar em Portugal inteiro ao mesmo tempo procurando as Andorinhas, símbolo característico do nosso País nos meses de verão.
Esta semana, não por cusquice, mas por estar próximo, ouvi duas pessoas a conversar sobre os animais, e como eles sentem a “Mãe Natureza” de forma diferente da nossa. Privilégios de espécies não racionais. Entre alguns exemplos, estava os das Gaivotas, que em dias em que se aproximam maiores agitações marítimas se refugiam em terra.
Lembrei-me desta conversa, porque não há Andorinhas no céu. E quando as Andorinhas partem, o verão acaba.
A Gronelândia perdeu mais de 50% dos seus Glaciares sazonais este ano. As ilhas do Pacifico, estão mais pequenas, alguns dos atoes da região, são agora pequenos baixios, a Grande Barreira de Coral esta mais pequena, o Alentejo mais seco e todo o resto do País.
Se não acreditam nos Homens (Cientistas e Ambientalistas/Ecologistas), acreditem na Mãe.
Ainda esta semana, tivemos a notícia de uma Mãe que colocou dois filhos no mundo, e que por complexidades da natureza, os tirou deste mundo em conjunto com ela, num mar de horror, a que ninguém deve ser chamado.
Vivemos num pequeno quintal a que chamamos Terra, e este não é infinito nos seus recursos. Um dia acaba, e cabe aos elementos mais capazes a sua conservação, ou aos mais resistentes a sua continuação.
25 de Agosto, são 10h da manhã, continua fresco e não vejo Andorinhas.

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