quinta-feira, 3 de abril de 2014

De cabeça para baixo.

Porque é que quando comemos uma sandes, ou um bolo, fazemos sempre com a parte de baixo virada para nós?
Eu percebo que quando comemos uma sopa, ou enchemos um garfo com comida, não se coloque essa questão, mas uma sandes ou um bolo, não faz sentido.
Não é por virar a sandes com a parte de cima para baixo ou vice-versa que o alimento vai saber de forma diferente. Não se trata de uma questão de degustação ou de sabor, que vai alterar o paladar do alimento.

Isto acontece porque o Cérebro está formatado para agir, e não para pensar. Estamos a fazer uma refeição, e todos os alimentos têm de entrar na boca da mesma forma. Esta é a mensagem que o Cérebro transmite aos sistemas motores, levando a que os olhos identifiquem os lados do alimento, e os braços e as mãos actuem em conformidade com a informação enviada.
Não se trata de uma questão de, ok agora vou começar a pensar em comer de forma diferente! Talvez de pernas para o ar! Nada disso. Trata-se sim de pensar que quando vamos fazer uma refeição, seja de comida quente, de sandes ou lanche, não estejamos a comer, só por comer. Não é necessário estar a enfiar garfadas de arroz para dentro da boca e a pensar que temos que pagar a conta da electricidade ou que temos de ir a lavandaria, ou que daqui a 4 horas temos de estar a porta da escola para ir recolher os miúdos. Assim é comer e sofrer.
Há necessidade de parar para sentir, não pensar, sentir o que esta a ser digerido. Quando os nutricionistas dizem que as três ou quatro primeiras dentadas (ou mastigações) são as mais importantes, são porque causam prazer ao cérebro e por consequência a nós. Sentir o sabor e a textura dos alimentos, já ninguém faz.

Experimentem saborear um BigMac. A carne não se vai notar, mas sim os molhos a alface o pão, mas a carne que deveria ser o elemento com mais riqueza calórica não sabe a nada.
Se continuamos a comer porque é meio dia e já é hora de almoço, vamos ser todos Homer's.

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