sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Geração Copy, Paste


Acho que não vou ter esse problema, mas nos anos anteriores havia uma disciplina no secundário que se chamava “Área de Projectos”. Pelo que ouvia contar de quem tem filhos e fez ou frequentou a dita disciplina, tratava-se de uma cadeira onde se incentivarão os miúdos a fazerem trabalhos em computador, através da pesquisa na net e da utilização das ferramentas de software disponíveis (Office basicamente). A partida parece ser um bom método de introduzir o conceito de pesquisa e da utilização do computador, para fins diferentes dos Chat’s, Facebook’s e outros.
Mas a questão não termina aqui. Bem pelo contrário, o começo da história é agora.
Dois ou três anos atrás, tive que fazer um trabalho para uma disciplina de uma cadeira do Curso de Licenciatura que frequento. Deu algum trabalho, mais ainda porque estava a iniciar a minha viagem pela Universidade e já à algum tempo que não necessitava de dedicar tempo a tentar compreender como se utilizam as ferramentas informáticas para apresentações, e também porque foi complicado reunir e depois esmiuçar e resumir o que estava disperso por um numero de fontes e fabricar o trabalho final. Até aqui tudo bem, a história complica-se quando num dos dias para apresentar os trabalhos um dos Grupos que era constituído por pessoas mais jovens do que eu, ao apresentar o respectivo, para alem de lerem o que estava a ser projectado, com as dificuldades de quem parecia estar a ler um texto pela primeira vez, tiveram maiores dificuldades quando o Professor da cadeira, lhes colocou algumas perguntas.
Mas há mais. A poucos dias, também no campus universitário, escutei uma conversa num grupo de amigas em que uma contava as outras que tinha emprestado uma Pen a um colega do ano anterior que estava a fazer uma cadeira já feita por ela, com um trabalho. Até ok. Já sabemos que os nossos jovens são a geração copy, paste. O que esta mal, é que alguns desses jovens, já nem fazem copy, paste, que foi o caso deste. Limitou-se a imprimir o trabalho da colega, sem olhar para o nome de quem tinha feito o trabalho. Já estão a ver o cenário, o Professora a questionar o Zé, porque é que estava a assinar com Maria, se ele nem sequer se chamava Zé Maria. Dá vontade de escrever LOL.
Não termino sem contar mais uma parte da vida académica actual.
Dizia uma rapariga de vinte e poucos anos a um colega, que tinha se mudado para o curso pós-laboral, porque assim podia dormir todos os dias até ao meio dia. Só pode ser brincadeira, pensam vocês e pensei eu. Se estuda à noite e dorme até ao meio dia, porque é que não vai trabalhar para uma lojinha em part-time, produzindo, ganhando o seu dinheiro e adquirindo experiencia no mundo do trabalho.
Agora que já martelei aqui umas teclas, e não, não fiz copy,paste de lado nenhum, ou se fiz foi da massa encefálica para o doc de Word, vou por isto no espaço cibernáutico.

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