domingo, 25 de dezembro de 2011

É Natal.....


Vésperas de Natal e nós (Portugal) ganhamos uma prenda. Estou a falar da participação do Estado no Capital da EDP, vendido aos Chineses da “China Three Gorges”. Não se trata de vender a soberania nacional, porque isso não existe desde que entramos para a CEE e começamos a vender Obrigações do Tesouro, não aos investidores nacionais, mas aos interesses internacionais dos amigos. Nos últimos anos hipotecamos a nossa Produção Nacional e vendemos o Futuro dos nossos filhos à Europa (Grandes instituições Financeiras) e aos Estados Unidos.
Os Chineses não são santos. Têm a maior taxa de poupança mundial, e por isso tem dinheiro para investir. Se bem se lembram, ainda a poucas semanas os emissários do FEFE e do FMI, foram de mão estendida a Pequim a mando da Srª Angela, para arranjar um cheque que ajuda-se os necessitados colegas Europeus. Vieram como foram, de mãos vazias.
Por seu lado Portugal, fez um bom negocio, e a EDP amealhou capital suficiente para continuar a investir.
500 Anos atrás o nosso Governante da altura virou costas à Europa e dirigiu-se para o Mar. Esta na hora de voltar a fazer o mesmo. Temos contactos privilegiados no Brasil, Angola e Moçambique, que são países em crescendo, por isso vamos fazer o que nos é mais natural.
Temos uma porta aberta para a china, é aproveitar da melhor forma.
Não são lojas chinesas que vem para cá minar o campo do pequeno retalho, são os capitais sem pátria que vêm ajudar na aplicação de novos investimentos.
Como diria o outro, “vão vir charters”, só que agora com bons ventos, assim se espera.
Bom Natal de 2011.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Geração Copy, Paste


Acho que não vou ter esse problema, mas nos anos anteriores havia uma disciplina no secundário que se chamava “Área de Projectos”. Pelo que ouvia contar de quem tem filhos e fez ou frequentou a dita disciplina, tratava-se de uma cadeira onde se incentivarão os miúdos a fazerem trabalhos em computador, através da pesquisa na net e da utilização das ferramentas de software disponíveis (Office basicamente). A partida parece ser um bom método de introduzir o conceito de pesquisa e da utilização do computador, para fins diferentes dos Chat’s, Facebook’s e outros.
Mas a questão não termina aqui. Bem pelo contrário, o começo da história é agora.
Dois ou três anos atrás, tive que fazer um trabalho para uma disciplina de uma cadeira do Curso de Licenciatura que frequento. Deu algum trabalho, mais ainda porque estava a iniciar a minha viagem pela Universidade e já à algum tempo que não necessitava de dedicar tempo a tentar compreender como se utilizam as ferramentas informáticas para apresentações, e também porque foi complicado reunir e depois esmiuçar e resumir o que estava disperso por um numero de fontes e fabricar o trabalho final. Até aqui tudo bem, a história complica-se quando num dos dias para apresentar os trabalhos um dos Grupos que era constituído por pessoas mais jovens do que eu, ao apresentar o respectivo, para alem de lerem o que estava a ser projectado, com as dificuldades de quem parecia estar a ler um texto pela primeira vez, tiveram maiores dificuldades quando o Professor da cadeira, lhes colocou algumas perguntas.
Mas há mais. A poucos dias, também no campus universitário, escutei uma conversa num grupo de amigas em que uma contava as outras que tinha emprestado uma Pen a um colega do ano anterior que estava a fazer uma cadeira já feita por ela, com um trabalho. Até ok. Já sabemos que os nossos jovens são a geração copy, paste. O que esta mal, é que alguns desses jovens, já nem fazem copy, paste, que foi o caso deste. Limitou-se a imprimir o trabalho da colega, sem olhar para o nome de quem tinha feito o trabalho. Já estão a ver o cenário, o Professora a questionar o Zé, porque é que estava a assinar com Maria, se ele nem sequer se chamava Zé Maria. Dá vontade de escrever LOL.
Não termino sem contar mais uma parte da vida académica actual.
Dizia uma rapariga de vinte e poucos anos a um colega, que tinha se mudado para o curso pós-laboral, porque assim podia dormir todos os dias até ao meio dia. Só pode ser brincadeira, pensam vocês e pensei eu. Se estuda à noite e dorme até ao meio dia, porque é que não vai trabalhar para uma lojinha em part-time, produzindo, ganhando o seu dinheiro e adquirindo experiencia no mundo do trabalho.
Agora que já martelei aqui umas teclas, e não, não fiz copy,paste de lado nenhum, ou se fiz foi da massa encefálica para o doc de Word, vou por isto no espaço cibernáutico.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Continente Vs Pingo Doce


A poucos dias dei uma vista de olhos pelo Rank nacional de Empresas. Por curiosidade a posição 4 e 5 é ocupada pelo Modelo/Continente e pelo Pingo Doce. Numa altura em que se fala de divida e produtividade das Empresas resolvi que iria tentar compreender a Produtividade destas duas Empresas, já que estão tão perto uma da outra e no mesmo sector de actividade. Uma nota, para dar conta que o Rank é atribuído pelo Volume de Negócios das Empresas.
Através de um cálculo simples onde entra o Volume de negócios e o número de funcionários, chegamos à produtividade por indivíduo em cada uma das Empresas.
Assim, temos que o Continente tem uma Produtividade de 69% e o Pingo Doce tem uma Produtividade de 33%. O número de Funcionários do Continente é de 18.536 e o Pingo Doce tem 22.378 Funcionários (números de 2010).
Salta-me a vista um facto que não parece ser possível fugir. Existe a necessidade de repensar a política de Recursos Humanos do Pingo Doce. Ou pela Motivação e Formação dos actuais funcionários ou pela reestruturação do quadro de funcionários.
É lógico que numa economia tão fragilizada como a nossa, a hipótese de despedimentos apenas agrava a condição dos funcionários. Por outro lado a formação é de facto o caminho mais saudável, se assim poder ser chamado, para aumentar a motivação e a produtividade global da empresa. Existe ainda uma terceira via, que passa pela reestruturação do espaço físico das lojas do Pingo Doce. Neste momento existem demasiadas lojas em contra ponto com as áreas do Modelo/Continente. Passando a existir em determinadas Regiões uma diminuição do numero de lojas e um aumento da área de vendas. Esta ultima, traz uma implicação, que é a necessidade de recurso ao crédito para novas estruturas e com a escassez deste parece-me que as outras duas estão mais perto da verdade.

Vamos ver o que o Futuro nos diz. Mais uma vez, este é apenas uma opinião pessoal, emitida com base em pouca informação disponível e no conhecimento pessoal de regras de RH, Gestão e económicas.