domingo, 7 de julho de 2013

O fantasmas do Natal passado.

Sem querer entrar demasiado no campo da politica, o que aconteceu esta semana, merece aqui um comentário da minha parte, como que em forma de desabafo.
Existe demasiado ruído, e esta sim é uma grande verdade. Nesta semana que termina, foi ensurdecedor o ruído provocado pelos comentadores e pelos fazedores de opinião em todos os meios que lhes eram disponibilizados.
Se no inicio da semana tentei colectar alguma informação de forma o mais imparcial possível, depressa desisti, por parecer que todos os que tem direito de antena, apenas queriam aparecer.
Por isso, convoquei os três macaquinhos, (Surdo, mudo e cego) para me ajudarem a fazer sentido no que estava a passar.
Se tirar-mos o som do que se tem estado a passar, o que se viu, foi um ministro com credibilidade internacional, mas sem sentido politico e social, a demitir-se por falta de "apoio". Já não é o primeiro. Depois uma Ministra que aparenta ter boa capacidade técnica e alguma mais valia politica a tomar posse.
Pelo meio, aparecem os fantasmas do natal passado do Presidente do CDS, que no passado crucificou tudo o que era politico, e que agora se quer redimir e não entrar em devaneios de más politiquice.
O Presidente da Republica é uma carta a descartar. Não tem peso politico, não tem amigos, e um grande numero dos seu conselheiros de estado, são só por si os maiores fazedores do ruído.
Assim, e depois de bater a porta, o líder do CDS, aparece no fim de semana, ao lado do líder do actual governo numa posição de pseudó-força, mas visivelmente abatido.
Note-se que durante a conferencia do Primeiro Ministro, o agora Vice primeiro ministro, de braços cruzados e cabelo e cara visivelmente abatido e desorganizado, apresentava uma pose apreensível, resguardada e com uma posição de controlo permanente no papelinho do Primeiro Ministro, com alguns momentos de "viagem" cerebral, talvez na tentativa de clarificar o que parece ser uma tarefa um pouco Herculeana.
Vice Primeiro Ministro, coloca Paulo Portas, numa posição de controlo sobre todas as decisões do Primeiro Ministro, e numa posição um pouco mais confortável de tentar alterar as decisões deste.
Ao coordenar as politicas das finanças, restringe a actuação técnica da Ministra, e passa a ter um papel mais orientador sobre o que é teoricamente praticável, e sobre o que é socialmente exequível.
Ganha ainda dois dossiers, de extrema importância para os próximos meses e anos da economia e politica social do estado. O dossier  da reestruturação do estado, sendo talvez o maior e mais importante papel que alguma vez poderá desempenhar, dada a complexidade, e repercussões que este apresenta, mas também pela possibilidade de em caso de sucesso, representar uma prevalência na Historia da 2ª republica, passando de um estado pesado para um estado em maior forma e com uma manutenção Low Cost.
Não menos importante mas de menor peso, é o dossier de ligação com a Troika, pois, é desta que se espera no curto prazo a possibilidade da sobrevivência do Estado.

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