Hoje ao ver o filme "Os Substitutos", no original "Surrogates", quando Bruce Willis está na cena em que sai do Hospital, e defronta-se com a rua cheia de gente, sons e informação, onde não estava à muito tempo, percebesse que existe ali uma realidade dos nossos dias.
O personagem de Bruce Willis, Greer, enfrenta os transeuntes, que são todos eles Robôs (Os Substitutos das pessoas reais) e sente-se invadido pelo olhar percrutorio dos outros que estão fechados no conforto e segurança das suas casas e casulos.
A sociedade moderna não olha, não observa por regra, a maior parte das pessoas que andam na rua limitam-se a fazer a deslocação de um corpo do ponto A para o ponto B, sem se perceberem do meio ambiente envolvente.
É claro que Greer se sente invadido na sua privacidade pelo olhar dos outros. Ninguém esta habituado a ser observado, mas se recordarmos o que acontecia, não à muito tempo, 30 ou 40 anos a traz, nas nossas aldeia e vilas, podemos perfeitamente chegar a conclusão que as pessoas, olhavam para quem se cruzavam e, espantem-se, cumprimentavam-se cordialmente com um bom dia ou outro cumprimento mais apropriado para a altura do dia ou para com o interlocutor.
Tudo isto ficou perdido no caminho migratório das aldeias e vilas para as grandes cidades.
Hoje ninguém vê com quem se cruza, ninguém cumprimenta, e de facto quando observado, devia-se o olhar e questiona-se o que esta de errado "comigo"!
O filme, até é interessante e a ficção do argumento não é má, mas a mensagem melhor, vem no fim do filme, tal como a imagem, o que é de facto importante é o contacto entre as pessoas, o toque, o olhar, as palavras e sobretudo, o sexto sentido estar activo.
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