segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Ricos e mal agradecidos.


É no mínimo uma situação caricata, a posição da Banca Nacional perante a linha de crédito que o Estado Português conseguiu para a recapitulação desta.
Acho que os Srs. têm memória curta. Será que já se esqueceram quem foi a correr ao gabinete do Primeiro-ministro no início do ano, porque não tinham dinheiro? Podemos agradecer a muitos governos os défices sucessivos em que estamos metidos, mas podemos agradecer à Banca Nacional a entrada da Troika na gestão das nossas contas Nacionais.
Medo de nacionalizações? O Governo esta a fazer um favor e estes tem medo de serem nacionalizados? Logo com este Primeiro-ministro que tinha no Programa de Governo apresentado nas eleições a Privatização da CGD! Numa altura em que existe um pacote de privatizações para serem realizadas até ao final do Memorando, os Banqueiros estão com medo de Nacionalizações? Existe um ditado Português que diz “Pobres e mal agradecidos”, acho que esta na altura de alterar-mos o ditado para “Ricos e mal agradecidos”.
É claro que o Governo também tem culpa no cartório pela tomada de posição deste sector de actividade. Eu sei que não é função do Estado a gestão de empréstimos concedidos, pelo menos em parte, mas começo a acreditar que a teoria de recapitalizar os Bancos para que estes possam conceder crédito à actividade económica nacional, não será a mais apropriada. Porque é que o Estado não pega nos 12 mil milhões e concede empréstimos directos as PME e outras industrias com necessidades de financiamento?
Para termos uma ideia abstracta de quanto é 12 mil milhões ou 109, lembro que a população Portuguesa é 10 milhões de habitantes. Isto quer dizer que se não me falha os zeros, com esta linha de crédito, cada português tinha acesso a 1.200€. Já dava jeito para as compras de Natal.

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