No passado
dia 23 de Setembro, ao fim do dia, dei conta de uma coluna de fumo que se
erguia na zona entre a Linha de Cascais e a Serra que alberga o Conselho da
Amadora. À distância que estava, não me era possível na altura situar concretamente
o local de onde o fumo era originário. Na altura, pensei que se trata-se de
mato a arder, pois estava calor e é frequente haver um ou outro foco de
incêndio na zona. O que achei fora do normal, era a coluna de fumo, que era
muito expeça e subia muito pouco no ar, para logo se estender na direção do
vento como uma manta que cobria Lisboa.
Só ao fim do
dia é que soube concretamente o que tinha acontecido. Era um incêndio numa
sucateira, que devido aos materiais que ardiam, deitavam um fumo intenso. De
tal modo que houve a necessidade de fechar i IC19, durante algumas horas.
No Sábado,
ainda havia uma pequena coluna de fumo que ainda lembrava o dia anterior.
Agora a
questão que me leva a escrever. Pelo que entendi a Sucateira fica situado no
Conselho de Sintra, e esta autarquia não dá licencias de funcionamento a esta indústria,
há largos anos, estando estas a trabalhar sem qualquer tipo de fiscalização.
Esta é uma
opinião particular, mas acho que existe a necessidade urgente de haver
alteração na maneira como esta indústria é legislada e trabalha. Não é
necessário ninguém me dizer para eu saber que é uma indústria, que apesar do
aspecto, é lucrativa. Por tal, em meu entender, deveria ser organizada, de modo
a que em vez de céu aberto, como acontece agora, esta actividade, passa-se a
ser realizada no interior de armazém, com maior ou menor dimensão, mediante a
necessidade das empresas, e que ao serem recepcionados os veículos (sucatas),
estes sofressem um processo de desmontagem total das pesas, sendo que todas as
que seriam aproveitáveis, fossem colocadas em zonas próprias e as excedentárias,
poderiam ser disponibilizadas, para outras empresas do mesmo ramo com falta das
mesmas. Vidros, metal, tecidos, óleos e plásticos, reaproveitavam, deveriam ser
colocados em contentores, disponibilizados para reciclagem, e o material não
reciclável e não aproveitassem, deveria ser entregue aos serviços
municipalizados de limpeza e estes tratados pela administração pública.
É bem
possível que houvesse uma maior capacidade de aproveitamento dos matérias e um
aumento dos proveitos, tanto a nível económico, com uma maior rentabilização
dos recursos, como a nível ambiental, com o desaparecimento de esta inestética
industria e com uma maior organização dos materiais recicláveis, bem como uma
peugada ambiental mais reduzida.
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