domingo, 30 de outubro de 2011

Vinho do Porto

Agora que perdemos a exclusividade de produzir o nosso vinho do Porto, não perdemos ainda a identidade de que canta Portugal.
http://www.youtube.com/watch?v=OnyGLrZNx8Y&feature=related

sábado, 8 de outubro de 2011

Ontem, hoje! E amanhã?

Hoje vou copiar um mail que recebi.
"
Na fila do supermercado, o caixa diz a uma senhora idosa que deveria trazer os seus próprios sacos para as compras, uma vez que os sacos de plástico não eram amigos do meio ambiente.

A senhora pediu desculpas e disse: “Não havia essa onda verde no meu tempo.”

O empregado respondeu: "Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora. A sua geração não se preocupou o suficiente com  o nosso meio ambiente. "

"Você está certo", responde a velha senhora,  a nossa geração não se preocupou adequadamente com o meio ambiente.
Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidas à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada rê-uso, e eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, umas tantas outras vezes.
Realmente não nos preocupámos com o meio ambiente no nosso tempo. Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhávamos até ao comércio,  em vez de utilizarmos o nosso carro de 300 cavalos de potência cada vez que precisamos de ir a dois quarteirões de distância.

Mas você está certo. Nós não nos preocupávamos com o meio ambiente. Até então, as fraldas de bebés eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis. Roupas secas: a secagem era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bambaleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam as nossas roupas. Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido dos seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas.
Mas é verdade: não havia preocupação com o meio ambiente, naqueles dias. Naquela época tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como?
Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós. Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usávamos jornal amassado para protegê-lo, não plástico bolha ou "paletes" de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar.
Naqueles tempos, não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a relva, era utilizado um cortador de relva, que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisávamos de ir a um ginásio e usar passadeiras que também funcionam a eletricidade.

Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o meio ambiente. Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora enchem os oceanos. Canetas: recarregávamos com tinta umas tantas vezes, em vez de comprar uma outra. Abandonámos as navalhas, ao invés de deitar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes, só porque a lâmina ficou sem corte.
Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época. Naqueles dias, as pessoas apanhavam o autocarro e os meninos iam nas suas bicicletas ou a pé para a escola,  em vez de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas. Tínhamos só  uma tomada em cada quarto, e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos. E nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizaria mais próxima.
Então, não dá vontade de rir que a atual geração fale tanto em meio ambiente, mas não queira abrir mão de nada e não pense em viver um pouco como na minha época?"


quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Sucateiros


No passado dia 23 de Setembro, ao fim do dia, dei conta de uma coluna de fumo que se erguia na zona entre a Linha de Cascais e a Serra que alberga o Conselho da Amadora. À distância que estava, não me era possível na altura situar concretamente o local de onde o fumo era originário. Na altura, pensei que se trata-se de mato a arder, pois estava calor e é frequente haver um ou outro foco de incêndio na zona. O que achei fora do normal, era a coluna de fumo, que era muito expeça e subia muito pouco no ar, para logo se estender na direção do vento como uma manta que cobria Lisboa.
Só ao fim do dia é que soube concretamente o que tinha acontecido. Era um incêndio numa sucateira, que devido aos materiais que ardiam, deitavam um fumo intenso. De tal modo que houve a necessidade de fechar i IC19, durante algumas horas.
No Sábado, ainda havia uma pequena coluna de fumo que ainda lembrava o dia anterior.
Agora a questão que me leva a escrever. Pelo que entendi a Sucateira fica situado no Conselho de Sintra, e esta autarquia não dá licencias de funcionamento a esta indústria, há largos anos, estando estas a trabalhar sem qualquer tipo de fiscalização.
Esta é uma opinião particular, mas acho que existe a necessidade urgente de haver alteração na maneira como esta indústria é legislada e trabalha. Não é necessário ninguém me dizer para eu saber que é uma indústria, que apesar do aspecto, é lucrativa. Por tal, em meu entender, deveria ser organizada, de modo a que em vez de céu aberto, como acontece agora, esta actividade, passa-se a ser realizada no interior de armazém, com maior ou menor dimensão, mediante a necessidade das empresas, e que ao serem recepcionados os veículos (sucatas), estes sofressem um processo de desmontagem total das pesas, sendo que todas as que seriam aproveitáveis, fossem colocadas em zonas próprias e as excedentárias, poderiam ser disponibilizadas, para outras empresas do mesmo ramo com falta das mesmas. Vidros, metal, tecidos, óleos e plásticos, reaproveitavam, deveriam ser colocados em contentores, disponibilizados para reciclagem, e o material não reciclável e não aproveitassem, deveria ser entregue aos serviços municipalizados de limpeza e estes tratados pela administração pública.
É bem possível que houvesse uma maior capacidade de aproveitamento dos matérias e um aumento dos proveitos, tanto a nível económico, com uma maior rentabilização dos recursos, como a nível ambiental, com o desaparecimento de esta inestética industria e com uma maior organização dos materiais recicláveis, bem como uma peugada ambiental mais reduzida.